sábado, 15 de maio de 2010

Exorcismo e humor?

A escolha deste texto foi muito boa. Acho que ele é um dos textos mais enigmáticos dos sinóticos. Tudo nele é estranho. O motivo para a estadia de Jesus em Tiro, que parece não fazer sentido. Afinal, Jesus teve comunidades e seguidores fenícios? Os gritos da mulher, omitidos em Marcos. A resposta de Jesus, pouco apropriada ao que imaginamos dele ou melhor, o que se espera dele na pesquisa do Jesus histórico. "Fui enviado apenas às ovelhas perdidas da casa de Israel". E, por fim, a escandalosa resposta dele à mulher suplicante: "Não fica bem tirar o pão dos filhos para atirá-lo aos cachorrinhos". Um texto desconcertante, no mínimo.
Podemos lidar com ele livremente, pois os pesquisadores já decretaram que ele não pertencemao Jesus Histórico! Ufa, que alívio ler um texto que o Jesus Seminar disse que não pertence ao Jesus Histórico. Este monstrego criado pelo positivismo arrogante da exegese do Atlântico Norte. Está aí uma boa pauta para discutirmos em algum momento neste blog. O monstrengo do Jesus Histórico. Mas não é o caso aqui, pois os critérios e os votos "democráticos" dos especialistas não o permitiu. rsss
Sigamos!
Uma coisa que me surpreende é que Mateus tenha inserido este texto em seu evangelho. Jesus em Tiro? Sidon? Curando fenícios? E a versão dele é bem artificial, com a história da pagã (duplamente segundo Marcos: fenícia e grega) que clama pelo Filho de Davi. Muito estranho mesmo. Toda esta estranheza nos permite finalmente ler o texto como narrativa, como construção literária, como já vêm fazendo o Júlio e o João Leonel. Queria fazer só mais uma sugestão nesta direção. Se tudo no texto é improvável, artificial, e se a versão de Mateus consegue "piorar" o texto, não é por que Mateus entendeu o espírito de Marcos de que o texto se trata de uma grande brincadeira? Um enigma no começo e uma gargalhada depois? "Ah, entendi!". E aí Mateus (seja lá quem tenha sido. Nada de Mateus Histórico!) resolve acrescentar mais elementos à improvável narrativa para deixá-la ainda mais improvável. O que parece ser decisivo no texto é que a mulher vence Jesus com esperteza e o obriga a libertar sua filha do demônio na amarra de suas palavras. Ele dá uma resposta sobre cachorrinhos e migalhas. Bem, diz o ditado. Quem fala o que quer, ouve o que não quer. E ela, nas palavras dele, no jogo de enigma proposto por ele, o vence e o subjuga. Ela trapaceia com bom humor e dá uma reviravolta no desfecho. Jesus, com esportiva e igual bom humor, reconhece sua derrota e mostra admiração com a fé/sagacidade da mulher.
Não é delicioso? Não é bom poder ler um texto fantasioso, sem as amarras da historicidade careta? É verdade que Theissen já renovou o texto há décadas com sua leitura sociológica. Mas ela ainda é certinha demais. Ainda não tinha reconhecido que Jesus fora enganado e vencido por uma pagã.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Enredo de Mt 15.21-28

Apresento nesta mensagem uma proposta de estrutura narrativa para Mt 15.21-28. Ela toma como base elementos que compõem o enredo, como Exposição, Tensão, Resolução, Desfecho. Para maiores informações, sugiro a leitura do capítulo 4. O enredo (p. 55-74), do livro Para ler as narrativas bíblicas: iniciação à análise narrativa, de Daniel Marguerat e Yvan Bourquin, publicado pela Loyola neste ano.

O desenvolvimento do enredo faz uso de dados já analisados em mensagens anteriores.

Exposição

v. 21-22a.
Na exposição o narrador apresenta os elementos que comporão a história a ser contada. São eles: tempo, cenário e personagens.

Não há indicação temporal na exposição. Ela aparecerá apenas no Desfecho, com a expressão: "desde aquele momento [...]" (v. 28).

O cenário é indicado pela expressão: "lados de Tiro e Sidom", ou a "região de Tiro e Sidom", podendo indicar a região que se estende a leste dessas cidades litorâneas. Jesus, portanto, não estaria nas cidades, mas no entorno delas, em um espaço rural.

Os personagens são Jesus (é assim que o narrador o nomeia) e a mulher, apenas identificada pela região que habita: "cananeia", mas com conotações ideológicas/teológicas.

Tensão

v. 22b-26.
Toda história pressupõe a presença de um conflito, um problema, uma tensão a ser resolvida. É a Tensão que estrutura a narrativa. Sem ela, não há o que contar. Portanto, depois da indicação dos dados que interagirão na história mediante a Exposição, o narrador acelara a narrativa apresentando uma situação de tensão.

Aqui ela se apresenta no clamor da mulher (v. 22). Afinal, o pedido da cananeia gera variadas reações.

Uma primeira tensão, implícita, pode ser observada entre Jesus e a mulher (Jesus x a mulher). Seu silêncio a deixa sem resposta. Esse quadro é intensificado por outra tensão, a dos discípulos x a mulher, visto que se opõem a ela ao aconselharem Jesus a mandá-la embora (v. 23). A terceira tensão surge quando Jesus, ao responder aos discípulos (e não à mulher) que fora enviado somente "às ovelhas perdidas da casa de Israel" (v. 24), manifesta explicitamente sua rejeição ao pedido recebido. Por fim, uma última tensão se manifesta quando Jesus resolve dialogar com a cananeia propondo uma historinha a respeito da inviabilidade de dar o pão dos filhos aos cachorrinhos.

Resolução

v. 27-28a.
Se a Tensão é o pivô central da narrativa, o Desfecho é seu ponto alto, onde as pontas que foram deixadas soltas na Tensão são ligadas.

Como vimos em mensagem anterior, a mulher assume a co-narração da história e propõe que os cachorrinhos se alimentam das migalhas que caem da mesa (de onde estão excluídos, ou seja, de onde "ela" está excluída). Jesus aceita sua argumentação, que traz implícita a ideia de que se os filhos comem da mesa, sua filha também pode comer, destacando a grandeza de sua fé. Dessa forma, ela resolve as tensões criadas por Jesus.

É digno de nota que a tensão entre os discípulos e a mulher permanece sem resolução.

Desfecho

v. 28b.
Neste item a narrativa sofre uma desaceleração, e os efeitos da resolução da Tensão são indicados. Nesta história, é o fato da filha da mulher ser curada "naquele momento". Vale a pena observar esse dado, visto que todo o texto transcorre de forma a apresentar uma tensão temporal (implícita). A pressa da mulher x a lentidão de Jesus. Mas, ao final, ele também acelera sua ação ao curar imediatamente a menina.

O exercício acima se desenvolveu em uma perspectiva sincrônica, apenas para mostrar como um texto narrativo possui articulações internas que lhe dão sentido. É óbvio que elementos diacrônicos provindos da história, sociologia etc, podem aprofundar a compreensão do texto. Mas isso fica para outro momento.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Evangelhos Sinóticos e Hábitos Exegéticos

A pesquisa exegética no paradigma histórico criou hábitos exegéticos variados, alguns melhores do que outros. No caso dos Sinóticos, um dos hábitos, similar ao da exegese histórica do Pentateuco, é o da busca das fontes primitivas (desde a oralidade até a redação), com vistas a alcançar o "historicamente reconstrutível" (seja a ipsissima vox ou a ipsissima verba Christi/Iesu) - gerando um descompasso semântico-semiótico entre as perícopes e o conjunto do Evangelho. Mesmo a crítica da redação atua, comumente, a partir desse descompasso, definindo o que é redacional pela distinção do que é "histórico" ou "tradicional".

Esse não é um bom hábito para se entender o texto, pelo menos do ponto de vista semiótico (e eu ousaria dizer, também do ponto de vista da história - se pensarmos a história com Roger Chartier, Carlo Ginzburg, Peter Burke ou Jörn Rüsen). Pode ser útil para a hipotética reconstrução da história das comunidades primitivas (pesquisa legítima, é claro), mas não nos ajuda a entender o texto, pois comete o mesmo erro semântico da tentativa de explicar o significado de uma palavra por sua etimologia. Em outros termos, o significado de um texto não depende da sua "etimologia", ou seja, de sua história de composição. Significado é um elemento "sincrônico" em relação ao texto, sendo que o fator "diacrônico" é útil na análise das formações discursivas, mas não na análise do significado "textual".

Penso, independentemente da abordagem semiótica, que é mais do que hora de abandonarmos o hábito de inventar, ex nihilo, hipotéticas fontes, J, E, D, P, Q, PQP, etc...

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Uma mulher convicta e um mestre constrangido

O título da mensagem pretende salientar a relação tensa entre a mulher cananeia e Jesus Cristo.

Pode parecer estranho afirmar que Jesus está "constrangido" no relato. Intérpretes propõem que sua ação objetivava conduzir a mulher a uma fé mais profunda... Não sei não.

A mulher já foi descrita pelo Júlio. Resta Jesus.

Depois de um embate com religiosos provindos de Jerusalém (15.1-20) ele se dirige para uma região gentílica no litoral: os lados de Tiro e Sidom. O que foi fazer ali? O narrador não nos dá essa informação. Do mesmo modo como foi ele retornou, em uma andança sem fim em torno do mar da Galileia que começa em 14.13 e vai até 16.12.

Onde ocorre a cena? Novamente não há uma identificação clara. Pode-se pressupor que eles estavam andando em alguma estrada ou caminho, visto que os discípulos dizem a Jesus: "[ela] vem clamando atrás de nós" (v. 23), o que indica um processo de deslocamento.

Diante do apelo de teologicamente correto: "Senhor, Filho de Davi, tem compaixão de mim" (v. 22), Jesus silencia. Os discípulos, incomodados, sugerem a Jesus que a mande embora (v. 23). A resposta de Jesus: "Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel" se dirige aos discípulos, e não à mulher. Talvez pensemos que ele profere essas palavras para ela e que, diante de tal afirmação, ela insiste. Mas não é isso. Ele nem se dá ao trabalho de falar com a cananeia. A resposta aos discípulos significa: não quero nem falar com ela (coisa típica de fariseu!).

Quando o narrador afirma que "ela, porém, veio e o adorou" (v. 25), pode indicar que a mulher estava a uma certa distância e que, por isso, nem teria ouvido Jesus. Se essa interpretação estiver correta, sua insistência não se dá por ter ouvido a frase de Jesus, mas simplesmente por que ele a ignorou e continou em seu caminho.

Apenas no v. 26 vemos Jesus se dirigindo à mulher, e ainda de forma ríspida. Ele propõe uma cena, uma espécie de mini-história. Nesse momento, ele se torna o narrador. A historinha tem como personagens os "filhos" e os"cachorrinhos", forma típica dos judeus se autodenominarem e de nomearem os gentios. "Não se dá o pão dos filhos aos cachorrinhos", diz Jesus. A mulher concorda. Mas, ao responder, ela interage com a história, tornando-se co-narradora.

Notem que o tema do alimento/pão é uma constante nos blocos que incluem esse texto. Aparece em 15.2,20; 15.32-39; 16.5-12. Mas neste momento não há espaço para tratar desse aspecto.

Ao propor a "mesa" como cenário (v. 27), ela acentua a diferença entre judeus e gentios, visto que em torno dela se pratica a comunhão ou a exclusão. Mas, mesmo excluída, ela insiste que ainda pode receber algo da mesa. Vejam que ela assume o papel dos cachorrinhos proposto por Jesus. Ela não está entre os filhos, tudo bem. Nesse aspecto, ela compartilha o ponto de vista ideológico do narrador Jesus(como diriam os teóricos da literatura). Mas ao dar outro rumo à história, ela se impõe como narradora sobre o primeiro narrador, Jesus.

Ela não está entre os filhos, mas tem uma "filha". E esse é o caráter ambíguo que a narrativa deixa um tanto solto. Se os filhos comem da mesa, a filha não poderá comer das migalhas? Sim, poderá. E por isso mesmo Jesus exalta a fé da mulher, curando sua filha. E a cura é efetuada de modo a constrastar com a relutância de Jesus durante praticamente toda a história. Se ele demorou mesmo para conversar com ela, agora, de modo imediato, a cura se dá: "e, desde aquele momento, sua filha ficou sã".

A mulher é a protagonista. Jesus se opõe a ela, mas, ao final, se deixa guiar pela sua fé. E se ela tivesse desistido, não haveria cura? Muito provavelmente. É por isso que o texto se apresenta, não como uma prova do poder de Jesus, mas como testemunho do que a fé pode fazer.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Uma Linda e Grande Mulher

Uma das coisas que semioticistas gostam de fazer é estudar as caracterizações das personagens textuais. Concordo com Leonel - a mulher é a personagem principal da perícope, que assim a caracteriza:
(1) Cananéia, dos lados de Tiro e Sidom; (2) mesmo sendo uma gentia, impura e adversária do “povo de Deus” (Cananéia), ela se dirige a Jesus como rei de Israel (Senhor, filho de Davi); (3) está aflita, descrevendo sua filha como “malignamente endemoninhada” (não só endemoninhada, mas malignamente, terrivelmente endemoninhada); (4) faz o que um hebreu (quem precisa de Deus) deve fazer: “clama”, grita; (5) é teimosa, pois mesmo sendo repelida por Jesus em sua primeira tentativa, continua: aproxima-se dele e se prostra a seus pés, clamando de novo: Socorre-me! (este mesmo verbo grego é usado em Ap 12,13 com a terra como sujeito, socorrendo a mulher ao engolir a água enviada pelo dragão – ao todo, só é usado 8 vezes em o NT, sempre no sentido de ajuda, socorro, quase libertação); (6) não só é teimosa, é persistente, pois reage à segunda rejeição de Jesus; (7) é sábia teóloga, pois na reação à segunda rejeição de Jesus, usa um poderoso argumento, baseado na experiência de vida e na caracterização de Deus na tradição teológica do Judaísmo – se nós humanos damos nossa migalhas aos nossos cães domésticos, como Deus não dará suas migalhas a nós “cananeus”? – lembra-se de que Jesus usa argumento semelhante em Mateus 7,7-11? Assim, ela corrige o próprio Mestre que veio só para os perdidos israelitas! (8) De acordo com o próprio Jesus, ela é mais crente do que seus discípulos, pois enquanto ela tem grande fé, os discípulos de Jesus têm pequena fé (Mt 8,26); (9) a mulher Cananéia é discípula gentia de Jesus, como o centurião do capítulo 8 (5-13), cujo servo ficou também curado (o mesmo verbo grego é usado em 15,28; 8,8 e 13) – em contraste com o povo incrédulo de Israel, que não pode ser curado (mesmo verbo) Mt 13,15; (10) discípula e intercessora, pois graças à oração de mulher, a filha ficou livre, exorcizada, curada, salva (termos sinônimos em Mateus).

Quem tem ouvidos para ouvir ...

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Mt 15.21-28. Uma mulher e tanto!

Esta é a minha vez de escolher um texto para análise.

Optei pelo pequeno texto conhecido como "a mulher cananeia". Trascrevo abaixo a perícope (utilizarei nas citações a versão da Bíblia Almeida Atualizada):

Mt 15.21-28

21 Partindo Jesus dali, retirou-se para os lados de Tiro e Sidom.
22 E eis que uma mulher cananéia, que viera daquelas regiões, clamava: Senhor, Filho de Davi, tem compaixão de mim! Minha filha está horrivelmente endemoninhada. 23 Ele, porém, não lhe respondeu palavra. E os seus discípulos, aproximando-se, rogaram-lhe: Despede-a, pois vem clamando atrás de nós. 24 Mas Jesus respondeu: Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel. 25 Ela, porém, veio e o adorou, dizendo: Senhor, socorre-me! 26 Então, ele, respondendo, disse: Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos. 27 Ela, contudo, replicou: Sim, Senhor, porém os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos. 28 Então, lhe disse Jesus: Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres. E, desde aquele momento, sua filha ficou sã.

Este texto sempre me fascinou. Primeiramente, por ter uma mulher como personagem central (não é Jesus?!). Bem, isso não é novidade. Há outros textos bíblicos que colocam as mulheres em destaque. Mas sou atraído por essa narrativa porque ela manifesta uma faceta de Jesus incomum, estranha, até mesmo machista. Afinal, ele resiste em dar respostas à mulher.

Por isso tudo, vamos conversar sobre Mt 15.21-28.

Destaco, inicialmente, a presença discreta do narrador. Ele está presente no início da narrativa apresentando cenários (Tiro e Sidom) e personagens (Jesus, a mulher cananeia, a filha, os discípulos); na conclusão (v. 28b); e no decorrer da história fazendo a mediação entre os personagens em diálogo. Essa característica é típica do narrador mateano. Se compararmos essa mesma perícope com a de Marcos, veremos que ali o narrador está mais presente. Cito um exemplo apenas:

Mt 15.22
"E eis que uma mulher cananeia, que viera daquelas regiões, clamava: Senhor, filho de Davi, tem compaixão de mim! Minha filha está horrivelmente endemoninhada"

Mc 7.25-26
"porque uma mulher, cuja filhinha estava possessa de espírito imundo, tendo ouvido a respeito dele, veio e prostrou-se-lhe aos pés. Esta mulher era grega, de origem siro-fenícia, e rogava-lhe que expelisse de sua filha o demônio".

Em Mateus o narrador apenas menciona a origem da mulher e introduz seu clamor. Marcos, além de apresentar tal identificação, explica que a filha da mulher estava possessa, e que a mãe veio até Jesus e rogava-lhe que expelisse o demônio. Mateus opta por colocar tais informações na boca da mulher em forma de discurso direto.

Qual a implicação disso? Por um lado, minimizar o contato do narrador com os leitores. O efeito? Diminuir o volume de certezas que o narrador, sendo confiável, fornece a eles. Uma vez que em Mateus são os personagens que falam, cabe ao leitor julgar suas posturas mediante suas falas.

Por outro lado, a implicação é que os diálogos, que apresentam-se no tempo presente, em oposição às descrições narrativas no passado, tendem a imprimir na narrativa uma maior proximidade com os leitores. Lemos os diálogos como se estivessem ocorrendo no momento da leitura. Somos chamados, então, a reagir e a desenvolver opções mais rapidamente. Dessa forma, a narrativa em Mateus apresenta uma instância dialogal (texto-leitores) mais intensa.

Fico por aqui, por enquanto!